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A boca fala do que o coração está cheio

  • Foto do escritor: Daniel Correia
    Daniel Correia
  • 3 de nov. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 12 de mar. de 2024

O ser humano se revela na fala. À medida que vai falando, vai se revelando. O indivíduo se mostra no decorrer do tempo, querendo ou não. E é batata! Basta prestar atenção no que o outro diz e também no que não diz. Isso serve para todas as pessoas, em todas as esferas da vida.

Bem, trazendo para o contexto analítico. Se considerarmos o coração como a alma, a psique do sujeito, e se a boca fala do que está cheio o coração, o inconsciente vai sendo revelado e escutado à medida que o analisante vai falando (pois o propósito é justamente este) ao longo das sessões. Isso quer dizer que o paciente vai revelando a sua posição perante o discurso, traumas, fantasias, desejos e impulsos reprimidos e a alma vai sendo desnudada – não totalmente, é claro, até mesmo porque é impossível –, ou seja, o que está no coração vai sendo exposto, no melhor sentido, a fim de que seja devidamente tratado.

Independentemente do que esteja no coração de alguém, é interessante que a boca fale e fale muito - para a pessoa mais adequada a ouvir (é claro), sob pena de se ter prejuízos inimagináveis. É necessário tratar, acolher. Sofrimentos e questões precisam ser ressignificados, reelaborados, sob pena de se adoecer e ter uma vida menos agradável, leve e potente. Neste sentido, se o coração está lotado de conteúdos e eles não estão tendo a devida vazão, o que acontece com aquilo que não damos a devida destinação (no caso, colocar em palavras, em conteúdo simbólico, aquilo que habita o nosso ser, nosso coração)?

Afinal, o seu coração está cheio de quê?




 
 
 

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