Era uma casinha muito engraçada ...
- Daniel Correia
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
Os imóveis, com o decorrer do tempo, necessitam de reparos e manutenção. É a torneira que começa a pingar, a lâmpada que queima, o box do banheiro que começa a vazar, o telhado que pinga. É inevitável. O transcorrer do tempo gera desgastes que precisam ser checados.
E, se não se conserta, a situação piora. Se há uma trinca, ela pode se expandir. Um vazamento tende a aumentar. O buraco no rejunte do piso cresce ainda mais. E vira uma bola de neve. Resultado? Tudo só aumenta e só piora. A situação fica cada vez mais desagradável. Chata. Em cada cômodo, vem à lembrança da necessidade de cuidado e manutenção. Das coisas uma: a pessoa procura consertar as coisas ou se acostuma com a situação. O ser humano pode se acostumar a quase tudo. Começa a ficar indiferente. Paralisado.
Com o passar dos anos, o indivíduo também sofre desgastes e precisa de manutenção — só que interna. Muita coisa acontece, falta elaboração e simbolização. Coisas que não foram digeridas, que se repetem, que martelam. Traumas que, a todo momento, vêm à mente e, quando somados, viram um verdadeiro inferno, perturbando a moradia interna: a mente. Ou então a indiferença toma conta — e isso é ainda pior. Porque, quando algo incomoda, há força e motivação para se mover e buscar mudanças. Agora, com a indiferença, não. Contra ela, a situação é muito pior.
Sendo assim, é necessário adentrar os cômodos da alma e verificar o que está danificado. A análise auxilia nesse processo. Tanta coisa pode ser alterada, rearranjada, colocada em outro lugar, pintada de outras cores, retirada, substituída, da maneira que fizer mais sentido para si. Se por um lado temos um lar, a mente é o lar da nossa alma. Sendo assim, talvez esteja na hora de dar uma manutençãozinha. Ou uma manutençãozona. Nesses casos, um analista deverá ser consultado.

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