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Qual o preço?

  • Foto do escritor: Daniel Correia
    Daniel Correia
  • 5 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

Preço e valor são coisas distintas. Preço é o total em dinheiro propriamente dito. Valor é o que representa para o indivíduo em grau de importância.


O preço de uma sessão de psicanálise é algo combinado. O valor deve ser algo de natureza elevada. O analisando tem que valorizar. É claro que, neste sentido, preço e valor devem ser compatíveis (de acordo com a realidade de cada um, óbvio). Caso contrário, o barato sai caro para ambas as partes.


Já levando o significante (palavra) “preço” para outro sentido, qual o preço a se pagar por levar uma vida sem se posicionar ativamente? Sem colocar limites? Sem bancar o desejo? Sem ter saúde mental (sem ela não existe saúde)? Com a preocupação patológica com o que os outros estão pensando de si e dos demais? Com a preocupação excessiva de agradar? Com a necessidade de aprovação? Se auto sabotando? Com o medo que leva à paralisação? Sendo recheado de diagnósticos de transtornos mentais? Sendo refém dos psicofármacos? Sem conseguir levar projetos e planos adiante? Por estar sempre psicossomatizando doenças?


- “Mas a análise pessoal é cara!”


- “E o que está saindo mais caro para você”?


Óbvio que existem aqueles profissionais que cobram preços astronômicos por sessão, tornando-os inacessíveis. E a crítica deve ser feita, sim. Mas existem outros. Porém, a questão não é essa. Está para além disso. Fato é que o sujeito resiste ao tratamento e chega a utilizar vários argumentos (racionais) bem elaborados para não se tratar. Tenta convencer a si e quem está ao seu redor de que está certo. Afinal de contas, a pessoa está disposta e deseja entrar no processo de análise pessoal?


Por fim, uma pergunta que vale a pena ser esclarecida com a resposta de outra: vale a pena investir numa análise pessoal em 2024? Qual o preço a se pagar por não investir?




 
 
 

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